sexta-feira, 28 de maio de 2010



-Não queria começar com porquês como toda a gente faz,mas digamos que a questão é a base do nosso conflito interior. Então pergunto porquê é que só nos preocupamos com a solução quando o problema existe? Quando a interrogação já é quase parte do nosso código genético?Deveríamos ser capazes de antever soluções mesmo antes dos problemas surgirem em nós,mas a vida é urgente,tão urgente que nos esquecemos que um dia,nos podemos deparar com um buraco negro em nosso redor.Aparecemos sempre tarde,tarde demais. Gostaria que fossemos capazes de lidar com estas premissas de forma clássica e elegante,sem transtornos,sem dor. Mas agora não há como voltar atrás e apagar todo o sofrimento. Queria jurar que nunca mais sofreria,mas estaria a mentir a mim mesma. Também gostaria que soubesses que amar-te nunca foi opção minha,amar-te foi o dom que me deram.





sábado, 15 de maio de 2010


Numa perspectiva esporádica,livre de contestações diria que este diário é um acumular de ausências forçadas e devastadoras. Num universo singular,inocente e sem pó das estrelas,interpretar o mundo que nos rodeia torna-se a cada minuto mais difícil.Às ausências forçadas,o meu sorriso emocionado e orgulhoso,por um dia terem passado no meu caminho e terem deixado tudo,deixaram tanto ao ponto de eu não me conseguir desvincular de vocês.Outras ausências vão aparecendo entretanto,ausências essas oscilantes e irregulares,incapazes de manter o registo. A essas ausências,o meu obrigado por um dia se terem cruzado no meu caminho,mesmo que não perdurem hoje,sei que um dia significaram algo.Sinto que agora é outro tipo de ausência que se aproxima da costa e quer desaguar. Uma ausência diferente das que já vivi e portanto,além de nova,revela-se um pouco assustadora. Não focalizando somente o que o presente nos dá,hoje até penso um pouco no futuro,enquanto que em passagens anterior está latente o meu desejo oprimido de reafirmar o passado. Hoje não me arrependo do passado. Tenho medo do presente e assusta-me ainda mais o futuro.



-Please hold back the flames of wicked love.

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Aquele desenho colorido, cheio de vida e alegria começa agora a perder tudo o que o torna tão belo. Aquele desenho cheio de cor e alegria transformou-se em algo mau, a preto e branco, em algo triste e sem vida. Apesar disso continuo o desenho, não o deixo ficar.

Continuo e vou sempre continuar.



-Porque me deixei levar por ti,porque afinal és meramente igual,porque és uma desilusão,porque eu não sou uma bonequinha sem coração.


sábado, 8 de maio de 2010

Senti-te longe e perto ao mesmo tempo. Senti-te ausente e presente,amarga e doce. Bonita,mas disforme. Ou vice-versa,não interessa. Eu e tu somos o vice e o versa,sabias? Junta-monos para formar algo com sentido. Mas,no final de contas,estamos um contra o outro. Somos um conjunto de letras,somos duas palavras,sem acentos nem outras complicações. Somos preto no branco. Somos vice-versa. Já nem as cores me parecem verdadeiras. São artificiais,supérfluas. E o que me leva a pensar nisto é o teu amor. O amor que me faz chorar. O amor que não dás. O amor que é apenas teu,e não nosso. O amor que não tem sabor,nem cheiro,é incolor. E apenas se sente.




-São amores passados,amores dissipados,amores acalorados,amores que nos deixam corados,amores amados,rumores transpirados,momentos com sabores diversificados,mas no fim são amores que nos deixam aos bocados..


domingo, 2 de maio de 2010


Batalhas,raios,frio gelado,estou arrepiada,completamente rendida dedicada e omnipresente. Devemos tirar um tempo e pensar,e se vês que a vida está a correr demasiado rápido,estarei cá eu para faze-la decorrer mais devagar. Eu sei que a tua escolha é diferente da minha. Contudo,estás a lavrar num erro quando pensas que tudo foi apenas mais um devaneio para mim. Talvez tenha começado por pensar algo semelhante mas não foi assim que terminou. Passar tempo junto de ti veio demonstrar-me o que tenho estado a perder com a vida que levo. Quantos mais minutos passávamos juntos,mais eu conseguia imaginar que eles se prolongariam para sempre. Nunca me acontecera algo de semelhante e tenho a certeza que não voltará a acontecer. Nunca estivera apaixonada até tu teres aparecido ou,pelo menos,ainda não sentira o verdadeiro amor. Nada de semelhante a isto e eu seria uma parva se te deixasse sair da minha vida sem luta.



-''Pode o meu destino já estar traçado.''